Para ter acesso aos textos sobre
O PRÍNCIPE (NICOLAU MAQUIAVEL) e
A APOLOGIA DE SÓCRATES(PLATÃO)
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e boa leitura.
O pensamento político
anterior a Maquiavel
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<!--[endif]-->* O pensamento político medieval é teocrático.
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<!--[endif]-->* O pensamento político renascentista recusa a
idéia de teocracia, mas afirmava que o poder político só seria legítimo e justo
se estivesse de acordo com a vontade de Deus e a Providência Divina.
Semelhanças entre os dois
estilos de pensamento
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<!--[endif]-->* Remetem-se ao ideário cristão.
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<!--[endif]-->* Fundamentam a política em Deus, na Natureza ou
na Razão, ou seja, em elementos anteriores e exteriores à política, servindo de
fundamentos a ela.
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<!--[endif]-->* Afirmam que a política é a instituição de uma
comunidade una e indivisa, cuja finalidade é realizar o bem comum e a justiça.
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<!--[endif]-->* A boa política é feita pela comunidade
harmoniosa, pacífica e ordeira.
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<!--[endif]-->* O bom governo depende da ação de um príncipe
virtuoso e racional, portador da justiça, da harmonia e da indivisibilidade da
comunidade.
O
pensamento político de Maquiavel
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<!--[endif]-->* Para formular sua teoria política, Maquiavel
partiu da experiência real de seu tempo.
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<!--[endif]-->* Observou, como diplomata e conselheiro dos Governantes
de Florença, as lutas européias de centralização monárquica.
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<!--[endif]-->* Viu a ascensão da burguesia comercial das
grandes cidades e a fragmentação da Itália, dividida em reinos, ducados,
repúblicas e Igreja.
Coordenadas
teóricas básicas
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<!--[endif]-->* Concebia o fenômeno histórico como constituído
por ciclos: os fatos históricos se repetem, a ordem sucede à desordem.
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<!--[endif]-->* Concebia a natureza humana como egoísta,
ambiciosa, ingrata, volúvel, movida pelas paixões e desejos insaciáveis.
O
contraste com o pensamento teológico e renascentista
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<!--[endif]-->* Maquiavel não admitia um fundamento anterior e
exterior à política (Deus, Natureza ou Razão).
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<!--[endif]-->* Toda cidade é dividida por dois
desejos: o dos grandes de oprimir e comandar e o do povo de não ser oprimido e
nem comandado.
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<!--[endif]-->* A cidade é tecida por lutas internas. Assim,
não é uma comunidade homogênea nascida da vontade divina, da ordem natural ou
da razão humana.
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<!--[endif]-->* Opõem-se ao conceito da boa comunidade
política constituída para o bem comum e a justiça.
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<!--[endif]-->* A sociedade é dividida e não pode ser vista
como uma comunidade una, indivisa, homogênea, voltada para o bem comum.
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<!--[endif]-->* A política é obra dos conflitos existentes na
própria sociedade e a sua finalidade não é, como diziam os pensadores gregos,
romanos e cristãos, a justiça e o bem comum, mas a tomada e manutenção do
poder.
As
qualidades de um príncipe:
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<!--[endif]-->* O verdadeiro príncipe é aquele que sabe
tomar e conservar o poder.
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<!--[endif]-->* O príncipe precisa ter virtú, ou seja, as
qualidades para tomar e permanecer no poder, mesmo que use a violência, a
mentira, a astúcia e a força.
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<!--[endif]-->* O príncipe não pode ser odiado, mas respeitado
e temido.
Virtú
e Fortuna
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<!--[endif]-->* A virtú não consiste num conjunto fixo de
qualidades morais opostas à fortuna. Virtú é a capacidade do príncipe para ser
flexível às circunstâncias, mudando com elas para agarrar e dominar a fortuna.
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<!--[endif]-->* Um príncipe deve mudar com a sorte, deve ser
volúvel, inconstante. Dependendo das circunstâncias, será cruel ou generoso,
mentirá ou será honrado, deverá ceder à vontade dos outros ou ser inflexível.
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<!--[endif]-->*A fortuna é sempre favorável para quem deseja
agarrá-la. É a sorte que se oferece como presente para quem é ousado e está
disposto a vencê-la.
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<!--[endif]-->* O ethos ou o caráter
do príncipe deve variar com as circunstâncias.
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<!--[endif]-->* Astúcia e capacidade para adaptar-se às
circunstâncias e aos tempos.
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<!--[endif]-->* Não tem nada a ver com as virtudes éticas e
morais da teologia cristã.
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<!--[endif]-->* Consiste em ter eficácia prática e utilidade
social, ou seja, busca atingir resultados.
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<!--[endif]-->* Secularização da política.
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<!--[endif]-->Legitimidade de um regime político
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<!--[endif]-->* Qualquer regime político será legítimo se não
estiver a serviço dos desejos e interesses de um particular ou de um grupo de
particulares.
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<!--[endif]-->* Todo regime político em que o poderio de
opressão e comando dos grandes é maior do que o poder do príncipe e esmaga o
povo é ilegítimo.
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<!--[endif]-->* Para que um governo seja legítimo, o poder do
príncipe deve ser superior ao dos grandes e estar a serviço do povo.
<!--[if !supportLists]-->•
<!--[endif]-->Excertos
da obra O Príncipe
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<!--[endif]-->Um príncipe deve servir-se da natureza da besta,
deve dela tirar as qualidades da raposa e do leão, pois este não tem defesa
alguma contra os laços, e a raposa, contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa
para conhecer os laços e leão para aterrorizar os lobos. Os que se fizerem
unicamente de leões não serão bem sucedidos.”
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<!--[endif]-->“(...) O que melhor souber valer-se das
qualidades da raposa se sairá melhor. Mas é necessário disfarçar muito bem esta
qualidade e ser bom simulador e dissimulador. E tão simples são os homens, e
obedecem tanto às necessidades presentes, que aquele que engana sempre
encontrará quem se deixe enganar.” (Nicolau Maquiavel – O Príncipe)
ATIVIDADE 3O BIMESTRE
3O ANO
1)DIVERSOS FILÓSOFOS DO SEC. VXII
E XVIII ERAM JUSNATURALISTAS. EXPLIQUE .
2)O REALISMO POLITICO DE
MAQUIAVEL INAUGUROU UMA NOVA MANEIRA DE PENSAR A POLITICA. EXPLIQUE.
3)HOBBES ENTENDIA QUE O HOMEM É O
LOBO DO PRÓPRIO HOMEM”.EXPLIQUE ESSA TESE E COMO
4)CONFORME ROUSSEAU, QUAL É A
ORIGEM DAS DESIGUALDADES ENTRE OS HOMENS?
5) QUAL FOI A IMPORTANCIA DAS
TEORIAS CONTRATUALISTAS NO MOVIMENTO CONTRA O ABSOLUTISMO?
6) COMPARE E EXPLIQUE EM QUE SE
DESTINGUEM AS TEORIAS DE ROUSSEAU, HOBBES E LOCKE.
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